CAPITAL DESTACA IMPORTÂNCIA CULTURAL DAS COMUNIDADES NO DIA DA FAVELA

Apresentação do Coral Instituto Baccarelli, promovida pela Central Única das Favelas (CUFA), foi realizada em Heliópolis, na Zona Sul

O prefeito Ricardo Nunes, acompanhado pela secretária municipal de Cultura, Aline Torres, prestigiou, na tarde desta quinta-feira (4), a apresentação do Coral Instituto Baccarelli em homenagem ao Dia da Favela em Heliópolis, na Zona Sul da capital. O evento foi promovido pela Central Única das Favelas (CUFA).

“Hoje podemos estar aqui reunidos porque a população da cidade de São Paulo aderiu à vacina. Se vacinou para se proteger e proteger as pessoas. A comunidade tem tudo a ver com a questão cultural da cidade”, afirmou o prefeito.

Nunes destacou que a capital tem 1.733 favelas, todas mapeadas. E a Prefeitura tem como uma de suas prioridades atender as pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Não teremos nenhuma favela sem atendimento público de saúde. Haverá atendimento dos nossos agentes em todas. Também temos a meta de construir 49 mil unidades habitacionais, além de um programa da Secretaria Municipal de Habitação para requalificação desses locais”, adiantou.

O prefeito ainda enfatizou que o poder público municipal promoverá cursos profissionalizantes, especialmente voltados para a área de tecnologia, para os moradores dessas regiões da cidade.

“É um mercado que está muito deficitário de mão de obra. Estamos fazendo parceria com o Sebrae para poder fornecer, junto com as favelas, a CUFA e outras entidades, programas de aperfeiçoamento profissional”.

Iniciativas

Durante o evento a secretária de Cultura, Aline Torres, destacou que a exibição do Coral Baccarelli de Heliópolis é a prova de que as comunidades têm muito o que oferecer.

“A apresentação deste coral mostra que podemos ir muito longe, além dessas fronteiras. E como não fazemos nada sozinhos, precisamos de iniciativas como a CUFA para conseguir mobilizar toda essa comunidade e realizarmos ações positivas por meio do prefeito Ricardo Nunes e da Prefeitura”, enfatizou a secretária.

A exibição prestigiada por Nunes e Aline Torres em Heliópolis fez parte uma série de debates, palestras e shows realizados nas favelas de todo o país e teve o objetivo de abordar os problemas existentes nestes territórios.

Sobre o Dia da Favela

A data de 4 de novembro foi escolhida como Dia da Favela porque nesta ocasião a expressão “favela” apareceu pela primeira vez em um documento oficial. Foi em 1900, no Rio de Janeiro, quando o delegado da 10ª Circunscrição e o chefe da Polícia, Dr. Enéas Galvão, redigiu um documento se referindo ao Morro da Providência como um local que precisava ser submetido à limpeza. Atualmente, a Providência é considerada a primeira favela do Brasil.

Em 2015 a data entrou para o calendário oficial de eventos em São Paulo, pela inserção do parágrafo 7 no artigo 42 na Lei de número 14.485, proposta pelo então vereador Netinho de Paula. O grande homenageado desta 16ª edição do Dia da Favela foi o sambista Arlindo Cruz, que sempre poetizou o local em suas letras, sem esquecer do lugar de onde veio, exaltando-o em suas composições.

“A favela tem uma enorme contribuição para a existência e desenvolvimento desse país. Foi o território que mais sofreu na pandemia, mas que foi pra rua fazer os serviços que contribuíram para o asfalto permanecer em home office, evitando um caos maior”, falou Preto Zezé, presidente nacional da CUFA. “Por isso, 4 de novembro é dia de celebrar a força, a dignidade, resiliência, a luta e as conquistas da favela”, finalizou.

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